quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O ESTADO DO ESTADO



Não pensava vir aqui hoje dado haver coisas importantes a tratar e que merecem que sejam analisadas nas devidas condições antes de se dizer algo, mas era impossível omitir mais uma realidade do nosso País que muitos dizem existir, mas que é logo negada por outros. Se calhar os acólitos deste estado de coisas , que por portas e travessas está a levar todos nós para o abismo.
O jornal " PUBLICO ", trazia na sua edição de ontem dia 23 de Novembro, num noticia sobre a greve de hoje, que todos os cidadãos poderiam emitir a sua opinião e depois acompanhar estas mesmas opiniões no seu site.
Por duas vezes tentei enviar a mensagem que abaixo publico e nada. A resposta que recebo é que não foi possível entregar a mensagem e dá-me uma indicação de um endereço de e-mail de alguém do jornal. Não tentei sequer fazer isso pois se pretendem fazer censura ao que escrevo não aceito e por isso aqui deixo a minha opinião e desabafo sobre a GREVE GERAL de 24 de Novembro de 2010.
ORA LEIAM:



Ora boas noites

Muito se fala nesta greve como se dela dependesse o futuro de todos os postos de trabalho, mas não.
Muito se fala nesta greve pelas suas origens, mas não das suas consequências.
Muito se fala nesta greve mas as razões são válidas para uns e menos válidas para outros.
Neste momento estou a trabalhar. Não que a entidade patronal me obrigue. Estou porque quero. Porque apesar dos motivos serem eventualmente válidos para tal acção não vislumbro consequências benéficas finais.
Não faço greve porque se o fizesse a minha entidade patronal acrescentava aos seus lucros anuais mais alguns euros e a saber:
  • € 26.58 referentes ao salário e subsídio de refeição que não me pagava. Multipliquem isto por pelo menos 2.000 trabalhadores.
  • € 5,163 referente ao valor que deixaria de entregar à segurança social e equivalentes ao valor dos descontos sobre este vencimento.
O estado deixaria de arrecadar também uma pequena verba, pouco significativa, mas multiplicada pelos mesmos 2.000 trabalhadores já era alguma coisa, e a saber:
  • € 1,966 valor referente ao meu desconto para a SSocial
  • € 0,21 valor equivalente aos descontos do meu IRS
  • € 5,163 valor que o meu patrão não entregava à SSocial e metia à algibeira.
Basicamente não faço greves porque julgo haver outras formas de luta mais efectivas, mas eventualmente com menos visibilidade para uns tantos que ao longo dos anos têm vivido à conta do esforço dos trabalhadores em geral.
Mas não as condeno quem as faz.
Cada qual é rei e senhor da sua vontade e só espero que os outros respeitem a minha vontade conforme respeito a deles.
Para terminar estou convencido que daqui a um, dois ou três meses se irá começar a lamentar as consequências desta greve, com o despedimentos de trabalhadores das diversas empresas que hoje se encontram a contrato.

Com os meus cumprimentos




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